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dc.creatorBittencourt, Max Freitas-
dc.date.accessioned2024-03-08T19:28:09Z-
dc.date.available2024-03-08T19:28:09Z-
dc.date.issued2023-03-08-
dc.identifier.urihttps://repositorio.ufba.br/handle/ri/39202-
dc.description.abstractThis paper aims to present a self-reflection on the conformation of the mise-en-scène in the documentary A vida de São Jorge, filmed by this documentarian-researcher, with the intention of describing, through the examination of its camera-images in movement, how encounters experienced in a take happened in the film, during the shooting. Through the analysis of the body-media that shows-off and invents itself for the camera, its interactions, attitudes and postures, the intention is to make the singularity of the encounter experienced with the Other emerge, in the “game” stablished in the moments of take, resorting to a descriptive approach with ethnoscenological nature of actions and expressions of the people on the scene, both the documentarian and the people filmed, in the camera shot. Based on the studies of theorists such as Jean-Louis Comolli (2008), about the relationship between cinema and encounter, Claudine de France (1998) and Deleuze (2005), about profilmia and self-mise-en-scène, Armindo Bião (2007) and Jean-Marie Pradier (1999), regarding the spectacular rites, and Paul Zumthor (2005; 2007; 2010), about the performance vocality, the aims is to describe “the other filmed” in their ways of fabling and offering themselves to the camera and to the documentarian in a take, highlighting, in this case, the spectacular body practices of the playing mediums from São Jorge Umbanda yard and their relationship, in the filmed camera shot, with the art, the ritual and the sacred. This researcher intended to observe, in the process of assembling the images, his own work as a documentarian, both in the camera shot and the space behind the camera, through the processes of meaning production operated during the filmmaking, either intentionally or not, seeking to document the conflict “between the one who films and the one who is filmed”; action and expression in the take would be, for Fernão Pessoa Ramos (2008), the documentary acting essence, named in this paper as the “encounter mise-en- scène”. The filmed images represent vestiges. When producing the records and after organizing them in the editing process, the documentary ended up covering the construction of a memory of the artistic and spiritual ritual of that already lost space-territory because, due to the House Ialorixá’s death, in 2020, the festivity ceased to exist. As a filmed memory, A vida de São Jorge presents the spectator a culture of resistance and its symbols, through images of excluded people and their speeches – “behaviors that are unreplaceable and that cannot be reproduced” (RAMOS, 2016, p. 8), except through the technical reproducibility inherent to the filmed image – with the intention of contributing to fight the disappearance of peripheral existences in the spaces of power, imposed by the hegemonic discourse, putting them as the protagonists of their own stories.pt_BR
dc.description.sponsorshipFAPESBpt_BR
dc.languageporpt_BR
dc.publisherUniversidade Federal da bahiapt_BR
dc.subjectEtnografiapt_BR
dc.subjectDocumentáriopt_BR
dc.subjectMise-en-scènept_BR
dc.subjectEtnocenologiapt_BR
dc.subjectReflexividadept_BR
dc.subjectEspetacularidadept_BR
dc.subject.otherEthnographypt_BR
dc.subject.otherDocumentarypt_BR
dc.subject.otherMise-en-scènept_BR
dc.subject.otherEthnoscenologypt_BR
dc.subject.otherReflexivitypt_BR
dc.subject.otherSpectacularitypt_BR
dc.titleVida e filme: uma autorreflexão sobre a "mise-en-scène do encontro" no documentário A vida de São Jorgept_BR
dc.typeTesept_BR
dc.publisher.programPrograma Multidisciplinar de Pós-Graduação em Cultura e Sociedade (Poscultura) pt_BR
dc.publisher.initialsUFBApt_BR
dc.publisher.countryBrasilpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS HUMANASpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::CIENCIAS SOCIAIS APLICADASpt_BR
dc.subject.cnpqCNPQ::LINGUISTICA, LETRAS E ARTESpt_BR
dc.contributor.advisor1Matos, Edilene Dias-
dc.contributor.referee1Rocha, Ana Luiza Carvalho da-
dc.contributor.referee2Martins, Silvia Aguiar Carneiro-
dc.contributor.referee3Serafim, José Francisco-
dc.contributor.referee4Boccia, Leonardo Vicenzo-
dc.contributor.referee5Matos, Edilene Dias-
dc.creator.Latteshttp://lattes.cnpq.br/0185350138076904pt_BR
dc.description.resumoEsta tese busca apresentar uma autorreflexão sobre a conformação da mise-en-scène no documentário A vida de São Jorge, realizado por este pesquisador-documentarista, com a intenção de descrever, através do exame de suas imagens-câmera em movimento, como os encontros vividos em situação de tomada, ao longo do percurso de filmagens, se efetuaram no filme. Através do exame do corpo-mídia que se exibe e se inventa para a câmera, de suas interações, atitudes e posturas, o intuito é fazer emergir a singularidade do encontro vivido com o Outro, no “jogo” que se estabeleceu nos instantes de tomada, recorrendo a uma abordagem descritiva de cunho etnocenológico das ações e expressões dos sujeitos da cena, tanto o documentarista quanto os sujeitos filmados, no plano das imagens. Partindo dos estudos de teóricos como Jean-Louis Comolli (2008), sobre a relação entre cinema e encontro, Claudine de France (1998) e Deleuze (2005), sobre profilmia e auto-mise-en-scène, Armindo Bião (2007) e Jean-Marie Pradier (1999), a respeito dos ritos espetaculares, e Paul Zumthor (2005; 2007; 2010), sobre a vocalidade da performance, busca-se descrever “o outro filmado” em suas maneiras de fabular e de se oferecer para a câmera, e para o documentarista, na circunstância de tomada, pondo em relevo, neste caso, as práticas corporais espetaculares dos médiuns brincantes do Terreiro de São Jorge e sua relação, no plano das imagens filmadas, com a arte, o ritual e o sagrado. Este pesquisador buscou observar, no processo de montagem das imagens, o seu próprio trabalho como documentarista, tanto no plano da imagem como no seu antecampo, através dos processos de produção de sentido operados durante a realização do filme, intencionalmente ou não, buscando documentar o embate “entre aquele que filma e aquele que é filmado”; ação e expressão na tomada, este seria, para Fernão Pessoa Ramos (2008), o âmago da encenação documentária, denominado aqui, neste trabalho, de “mise en scène do encontro”. As imagens filmadas representam vestígios. Ao produzir os registros e depois organizá-los na montagem, o documentário acabou incidindo na construção de uma memória do ritual artístico e espiritual daquele espaço-território já perdido, pois, com a morte da ialorixá da Casa, em 2020, o festejo deixou de existir. Memória filmada, A vida de São Jorge apresenta ao espectador uma cultura de resistência e seus símbolos através das imagens dos excluídos e seus discursos – “comportamentos insubstituíveis e que não poderão ser reproduzidos” (RAMOS, 2016, p. 8), a não ser pela reprodutibilidade técnica inerente à imagem filmada – com a intenção de contribuir no combate ao desaparecimento das existências periféricas dos espaços de poder, imposto pelo discurso hegemônico, colocando-as como protagonistas de suas próprias histórias.pt_BR
dc.publisher.departmentInstituto de Humanidades, Artes e Ciências Professor Milton Santos - IHACpt_BR
dc.type.degreeDoutoradopt_BR
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