https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39497
metadata.dc.type: | Tese |
Título : | A construção de uma antropologia pedagógica em Rousseau: entre o Discurso sobre a Desigualdade e Emílio ou Da Educação |
metadata.dc.creator: | Costa, Maria Do Socorro Gonçalves da |
metadata.dc.contributor.advisor1: | Silva, Genildo Ferreira da |
metadata.dc.contributor.advisor-co1: | Façanha, Luciano da Silva |
metadata.dc.contributor.referee1: | Silva, Genildo Ferreira da |
metadata.dc.contributor.referee2: | Kawauche, Thomaz Massadi |
metadata.dc.contributor.referee3: | Façanha, Luciano da Silva |
metadata.dc.contributor.referee4: | Costa, Israel Alexandria |
metadata.dc.contributor.referee5: | Paiva, Wilson Alves de Paiva |
metadata.dc.description.resumo: | A presente tese tem como escopo principal atualizar o debate filosófico em torno da relação antropologia e pedagogia destacando a formulação rousseauniana de homem do estado de natureza no cotejo com a educação da criança, mais precisamente, com a concepção pedagógica da obra Emílio ou da Educação de Rousseau. O recorte da pesquisa reconduz ao clássico modelo de educação humana proposta por Platão, para observar que, Platão inspirou os filósofos que se propuseram a pensar a educação do indivíduo na modernidade. São eles: Montaigne, Comenius, Locke e o próprio Rousseau. O genebrino propõe em Emílio um conjunto de princípios que compõe sua pedagogia entremeada pela antropologia, destacando questões como, o que é o homem e como deve ser sua educação. Esses questionamentos são postos diante de uma, ainda tateante, ciência antropológica que veio se desenvolvendo desde o Renascimento atingindo seu ápice no século XVIII, com o Iluminismo francês. Essa ciência, com as ideias de Rousseau, sofre uma fissura jamais imaginada para o período. Com a ideia da antropologia ficcional, vale-se do mito de Glauco e vai-se às origens do homem, retomando-as para empregá-las na criança fictícia, destacando a educação negativa, na qual se dá a emersão de um novo paradigma de formação humana. Tratando da infância até os doze anos, mostrando as vias de a conservar e a proteger, para o bem de si, evitando assim, os vícios e os erros que levam à corrupção e à infelicidade, mediante a atuação da figura do preceptor. No fervor do século XVIII, as ciências humanas sofrem a influência da física newtoniana, sendo possível vislumbrar o Emílio como um experimento humano de educação, cuja natureza fornece os princípios para que o preceptor siga e seu aluno seja submetido às experiências do exercício do corpo e aprimoramento dos sentidos, colhendo os preceitos e os princípios que irão gerir a educação negativa. Se Rousseau identifica as características da criança com as mesmas peculiaridades do homem do estado de natureza, fica evidente que sua concepção de pedagogia está estreitamente vinculada à antropologia, sua idealização do Emílio está integrada na compreensão da condição original da humanidade. Com sua pedagogia centrada na antropologia, Rousseau busca desenvolver princípios que possam garantir ou evitar ao máximo a degeneração, desfiguração do homem, apoiado num processo que possa levar as crianças a se tornarem homens autônomos diante das incitações negativas que o processo social apresenta. Tal homem bem formado terá todas as capacidades e condições para ser soberano, livre, justo e consequentemente formará uma sociedade mais justa e igual, onde as pessoas sejam mais felizes. Para Rousseau, pensar a criança é arquitetar o homem do amanhã. |
Resumen : | L’objectif principal de cette thèse est celui de mettre à jour le débat philosophique autour de la relation entre l’anthropologie et la pédagogie, en mettant en évidence la formulation rousseauienne de l’homme à l’état de nature, a travers la comparaison avec l’éducation des enfants, plus précisément, avec le concept pédagogique de l’oeuvre rousseauienne Émile, ou De l'éducation. La coupure de recherche ramène au modèle classique d’éducation humaine proposé par Platon, pour constater qu’il a inspiré des philosophes qui ont proposé de penser l’éducation de l’individu dans la modernité, a savoir : Montaigne, Comenius, Locke et Rousseau lui-même. Le philosophe Genevois propose dans l’oeuvre Émile un ensemble de principes qui composent sa pédagogie imprégnée par l’anthropologie, en mettant l’accent sur des questions telles que : qu’est-ce que l’homme et comment son éducation devrait-elle être? Ces questions sont posées devant une science anthropologique encore tâtonnante, qui se développe depuis la Renaissance pour atteindre son apogée au XVIIIe siècle, avec les Lumières françaises. Les idées de Rousseau provoquent dans cette science une fissure jamais imaginée pour la période. Basé sur l’idée d’anthropologie fictive, on utilise le mythe de Glauco et se rend dans les origines de l’homme, qu’on reprend pour les employer dans l’enfant fictif, mettre on évidence, l’éducation négative, dans lequel se déroule un nouveau paradigme de la formation humaine. En traitant de l’enfance jusqu’à l’âge de douze ans, on montre les moyens de la préserver et de la protéger, pour le bien d’eux-mêmes, afin d’éviter des vices et des erreurs qui conduisent à la corruption et au malheur, à travers le travail du précepteur. Dans la ferveur du XVIIIe siècle, les sciences humaines sont influencées par la physique newtonienne, permettant d’envisager Emile comme une expérience humaine en éducation, dont la nature fournit les principes à suivre par le précepteur et pour que son élève soit soumis aux expériences d’exercice du corps et d’amélioration des sens, à travers les préceptes et les principes qui permettront de gérer l’éducation négative. Si Rousseau identifie les caractéristiques de l’enfant aux mêmes particularités de l’homme à l’état de nature, il est évident que sa conception de la pédagogie est étroitement liée à l’anthropologie, et que son idéalisation d’Emile s’intègre à la compréhension de la condition originelle de l’humanité. S’appuyant sur sa pédagogie centrée sur l’anthropologie, Rousseau cherche à développer des principes pouvant garantir ou éviter au maximum la dégénérescence et la défiguration de l’homme, a travers un processus capable de conduire les enfants à devenir des hommes autonomes face a incitations négatives présentées par le processus social. Un homme aussi bien formé aura toutes les capacités et les conditions pour être souverain, libre et juste. Par conséquent, il formera une société plus juste et égalitaire, où les gens seront plus heureux. Selon Rousseau, penser l’enfant c’est concevoir l’homme futur. |
Palabras clave : | J.-J. Rousseau Antropologia Pedagogia Educação |
metadata.dc.subject.cnpq: | CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::FILOSOFIA::EPISTEMOLOGIA |
metadata.dc.language: | por |
metadata.dc.publisher.country: | Brasil |
Editorial : | Universidade Federal da Bahia |
metadata.dc.publisher.initials: | UFBA |
metadata.dc.publisher.department: | Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FFCH) |
metadata.dc.publisher.program: | Programa de Pós-Graduação em Filosofia (PPGF) |
metadata.dc.rights: | Acesso Aberto |
URI : | https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39497 |
Fecha de publicación : | 6-oct-2022 |
Aparece en las colecciones: | Tese (PPGF) |
Fichero | Descripción | Tamaño | Formato | |
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