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Universidade Federal da Bahia |
Repositório Institucional da UFBA
Use este identificador para citar ou linkar para este item: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39744
Tipo: Tese
Título: Pequenas Mahins: culturas infantis das meninas negras na Escola Comunitária Luiza Mahin em Salvador, Bahia
Autor(es): Santos, Marta Alencar dos
Primeiro Orientador: Abib, Pedro Rodolpho Jungers
metadata.dc.contributor.referee1: Abib, Pedro Rodolpho Jungers
metadata.dc.contributor.referee2: Barbosa, Lícia Maria de Lima
metadata.dc.contributor.referee3: Nunes, Míghian Danae Ferreira
metadata.dc.contributor.referee4: Franco, Nanci Helena Rebouças
metadata.dc.contributor.referee5: Cavalleiro, Eliane dos Santos
Resumo: A feitura desta tese parte da afirmação de que as meninas negras pequenas são anunciadoras de outros mundos, ou seja, são mensageiras da ancestralidade negra, trazem a continuidade. Elas não são velhas, não são novas e não são futuras. Elas são no presente, no aqui e no agora. Elas vão! Seguem em invenções, fissuras, insurgências, desobediências. Seguindo o caminho trilhado pelas meninas negras que encontrei na construção da tese, objetivei compreender como são produzidas culturas infantis nas experiências cotidianas vivenciadas por meninas negras pequenas que frequentam a Escola Comunitária Luiza Mahin, em Salvador, Bahia. A partir desse intento produzi uma etnografia junto a um grupo de oito meninas negras de 5 anos de idade numa turma de Educação Infantil na Escola Comunitária Luiza Mahin, no ano de 2021, ano em que vivíamos a pandemia provocada pelo Coronavírus. Para me encontrar e pesquisar com as meninas negras pequenas trouxe os estudos da Sociologia da Infância (SI), em diálogo com os estudos Decoloniais, numa possibilidade de desembranquecer a SI. Além desses dois campos teóricos, este trabalho também se ancora nos estudos das relações étnico-raciais, estudos de gênero e estudos sociais da infância. Os contextos em que as meninas negras vivenciam suas infâncias, tanto o território quanto a escola, foram apresentados como formas de evidenciar que as culturas infantis não se dão no vazio social e, por conseguinte, formam e são formadas por ele. A tese aponta que as meninas que participaram da pesquisa constroem culturas entre pares e entre adultas e adultos marcadas(os) por questões raciais, de gênero e geração, com destaque para o entrecruzamento entre culturas das infâncias e cultura negra em diáspora, evidenciando os conceitos de Alegria/Alacridade (Muniz Sodré, 2006) e Odara (Marcos Luz, 2018). Além deste apontamento, as discussões sobre corpo e infâncias negras ganham destaque no trabalho demonstrando que as meninas negras pequenas o utiliza para expressar seus desejos, sentimentos e produzirem cultura. A pesquisa anuncia a importância da corporificação nos procedimentos por meio dos quais as meninas negras participam da vida social. O corpo das meninas negras pequenas foi entendido neste trabalho como biológico, histórico, cultural e social, mas também localizado num território de maioria negra, assim se constituindo como um corpo-território-criança.
Abstract: The writing of this thesis is based on the affirmation that young black girls are announcers of other worlds, which is, they are messengers of black ancestry, and they bring continuity. These girls are not old, they are not young, and they are not future. These girls are in the present, in here and now. They go! They follow in inventions, fissure, insurgencies and disobediences. Following the route created by black girls that I found in this thesis construction, I aimed understand how child’s culture are produced in everyday experiences lived by young black girls that attend the Comunitária Luiza Mahin School, in Salvador, Bahia. Through this aim, I produced an ethnography with an eight- girl- group composed by girls that were 5 years old in a kid’s garden classroom on Comunitária Luiza Mahin School in 2021, year that we faced the pandemics occasioned by Coronavirus. In order to find myself and research with young black girls, I brought Childhood Sociology Studies dialoguing with Decolonial studies in an attempt to dewhiten Childhood Sociology. Besides these two theoretical fields, this work also anchors itself in ethnic-racial, gender and childhood’s social studies. The context that these black girls live in their childhood, as far the territory as the school was presented as a way of demonstrate that child’s culture do not exist in the social empty and, as consequence forms and is formed by it. This thesis points to the girls that participated in the research build cultures between pairs and between women and men marked by racial, gender and generation issues, prominently to crossing between childhood’s culture and diasporic black culture highlighting Hapiness/Alacrity concepts’ (Muniz Sodré, 2006) and Odara (Marco Luz, 2018). In addition to this appointment discussions about bodies and black childhood gain emphasis in the work demonstrated by young black girls that use them to express their wishes, feelings and produce culture. This research announces the importance of embodiment in the process, through which the black girls participate in the social life. Young black girls bodies’ were understood in this work as biological, historic, cultural and social, but also localized in a black majority territory, this is how it is constituted body-territory-child.
Palavras-chave: menina negra pequena
corpo-território-criança
cultura da infância
infâncias negras
etnografia;
CNPq: CNPQ::CIENCIAS HUMANAS::EDUCACAO
Idioma: por
País: Brasil
Editora / Evento / Instituição: UNIVERSIDADE FEDERAL DA BAHIA
Sigla da Instituição: UFBA
metadata.dc.publisher.department: Faculdade de Educação
metadata.dc.publisher.program: Programa de Pós-Graduação em Educação (PPGE) 
Tipo de Acesso: Acesso Aberto
URI: https://repositorio.ufba.br/handle/ri/39744
Data do documento: 21-Fev-2024
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